Como se Vestir Elegantemente sem Parecer Careta - Parte 2

Homens do meu Brasil! Faz tempo que não escrevo diretamente para vocês. Hoje quero dar uma dica, coisinha... especial para proteger vossos gogós dos 5°C que tem feito à noite. OLHEM para as vitrines femininas. Quando a namorada convidar para ir ao shopping, aceitem e observem. Vocês podem e devem usar as mantas delas. Claro, como essa da foto à direita seria exagero, mas a manta à esquerda pode muito bem funcionar no pescoço de um homem.

Nós amamos xadrez e preto total, mas adoramos quando vocês variam um pouco as cores e as texturas. A recente coleção de Yves Saint Laurent para a temporada outono inverno 2007/2008 colocou o cachecol em evidência. Abaixo, três opções do desfile para inspirar!

Há mais de 10 anos...

Peço atenção para os detalhes: luvas de cetim com elastano e cabelos artificialmente encaracolados. Total anos 90. Isso sem falar na pose. Obrigada pela foto, mamãe!

Passado presente futuro

Vou aproveitar que hoje é sexta-feira, possivelmente o dia mais frio do ano em Porto Alegre, pra contar uma historinha sobre uma roupa que eu amo.

Este vestido foi feito com o tecido do meu primeiro traje de baile. O chantungue listrado preto e prata foi uma invenção da Maria Paula aos 15 anos para ir a um Baile da Glamour em Caxias do Sul em 1995. Mãe, por favor escaneia a foto aí e me manda?

Depois de 11 anos, resolvi que este pano cheio de histórias adolescentes pra contar seria reposicionado no mundo atual. Em setembro do ano passado decidi que queria usar uma criação vintage para ser madrinha da minha amiga Thelma no Rio de Janeiro. Consultei outra súper amiga Ana Carrard sobre a possibilidade das costureiras dela fazerem uma saia com o tecido. Ela foi o máximo: redesenhou a saia, acrescentou uma sobressaia de tule preto para dar volume e estilizou o corpete, escolhendo o tecido e executando tudinho. Meu toque final foi dado com o obi turquesa na cintura, tipo de firula que eu sempre faço com todas as roupas.

Diziam lá na Guanabara que o vestido havia sido um sucesso, sensação que eu precisei repetir no casamento da própria Ana, em dezembro passado em Porto Alegre.

Eu gosto tanto, mas tanto deste vestido que às vezes tenho vontade de brincar de Carrie Bradshaw e ir jantar com ele mais um coque em um restaurante hype qualquer. Quem sabe um dia, né? Quando eu for morar em Nova York ;)

Salva-vidas para o rosto

Maquiagem é um assunto polêmico aqui em casa. Meu companheirinho prefere que eu nunca use nada, absolutamente nada. É claro que não passo massa corrida na cara todos os dias, mas aplico creme com vitamina c sempre pela manhã e me acostumei a colocar blush e rímel. Não gosto de batom, só uso gloss em festas. Quando preciso gravar o programa, o que acontece duas vezes por semana, sou maquiada lá na tv e geralmente deixo os produtos no rosto até dormir. Tem apresentadora que sai do estúdio e tira tudinho com algodão e loção demaquilante. Uma vez eu fiz isso, mas só porque tinha que ir pra academia logo depois. Fazer ginástica maquiada é muita peruagem!

"Maquiar" e "pintar" são duas coisas bem diferentes. Maquiagem serve para realçar os traços bonitos do rosto e esconder as imperfeições. Pintar é para travestis ou aquelas senhorinhas porteñas do século passado. Então por que a maioria dos homens não gosta quando nos maquiamos? Será que eles olham uma foto de uma modelo ou alguma atriz no vídeo que admiram e realmente acreditam que elas não têm nadinha na pele? Nah, seria muita ingenuidade.

Aqui em casa a explicação é simples: "porque tu fica tão mais bonita sem nenhuma 'pintura'..." :) Mas assim não vale, a opinião é suspeita. Vocês saberiam qual a razão do pavor dos meninos quando aparecemos com o kit salva-rostos em frente ao espelho?

UPDATE: troquei a foto pra ver se a audiência aumenta. Todas bem maquiadas no casamento do Anghinoni, em 2003 ;)

I do my little turn on the catwalk

Aqui está uma foto minha na passarela da Refúgio Urbano, no lançamento da nova coleção que aconteceu no fim de semana passado. Tive o privilégio de abrir o desfile, ainda por cima usando este lindo vestido longo estampado estilo anos 70. Aproveitem, está à venda! Foto: Cacá Taniguchi

Banho de nua

Cinza e violeta foram as cores que mais apareceram nas passarelas do último inverno europeu. Por conseqüência natural, agora chegou a hora das brasileiras verem essas tonalidades em todas as vitrines. São cores bem invernais e com diferentes variações. No caso do cinza, podem ir do cimento ao chumbo. A gama dos violetas parte do lilás ao roxo. Mil possibilidades para homens e mulheres, inclusive combinando as duas entre si.

Acontece que a moda sempre tem a pretensão de surpreender. Para quebrar o clima sóbrio dessas cores está surgindo nos editoriais uma cor, digamos, meio sem cor: o nude. O objetivo é dar leveza ao figurino, causando um efeito inusitado pra quem olha de longe ou muito rápido: parece mesmo que a pessoa está nua.

Nunca arrisquei, acho que essa (falta de) cor não bate bem em mim. Mas tem gente que fica linda em nude. A Angelina Jolie é uma. Bom, ela fica linda até em amarelo-limão ;)

Como se Vestir Elegantemente sem Parecer Careta - Parte 1

O blog Banho de Loja orgulhosamente apresenta a primeira parte do manual exclusivo para homens: Como se Vestir Elegantemente sem Parecer Careta.

Uma das combinações para usar diariamente que tornam um look masculino com jeito de adulto sem parecer almofadinha é blazer e calça jeans. Mas não é qualquer blazer nem qualquer jeans.

Para não errar: opte pela calça mais escura. Um jeans num tom marinho ou preto e com pouca lavagem é uma escolha sempre mais fina. Corte reto, com a barra escondendo o calcanhar e deixando aparecer apenas o salto (ou solado) do sapato. O sapato, aliás, de preferência de couro com o bico um pouco mais fino. Ponta quadradona demais já está quase tão demodê quanto a expressão demodê. Deixe para ousar um pouco mais na parte de cima. Procure blazers diferentes, com corte mais ajustado ao corpo e não tão compridos. De veludo cotelê com um único botão é bonito. Camuflado - que está de volta -, branco ou off white e a sobriedade do cinza e do chumbo estão em evidência. Por baixo do blazer, não se preocupe em usar só camisa. Camiseta básica Hering fica perfeita para produções diurnas ou noturnas.

Para quem tem segurança e sabe que não vai errar: calça mais lavada e blazer risca-de-giz cinza e preto. Assim pode até usar All Star branco. Mas tem que ter atitude pra segurar esse estilo.

E nunca, nunca mesmo descuide dos acessórios. As meninas adoram meninos que usam mantas de lã descoladas (chega de xadrez Príncipe de Gales pelamoderdeus!).

Vento me leva

Minha amiga, estilista e empresária da moda Ana Carrard me convidou para ser modelo no desfile da sua próxima coleção. Eu, que tenho um quê de exibida e sou uma das clientes mais fiéis da Refúgio Urbano, aceitei na hora! Aproveito o espaço para convidar as amigas e os amigos para conferirem as belíssimas novidades da loja e se divertirem com minha porção "modeletti":

O que: Vento me Leva
Quanto: Sábado, 12 de maio, às 16h
Onde: Refúgio Urbano (Coronel Bordini, 232)
Marcas: Rouparia da Refúgio, Refúgio Mini, Drosófila, Redley, Vide Bula Baby e Ronaldo Fraga para Filhotes

PS: atenção para as luvas e o óculos que estou usando hoje + o convite. que máscara! heheh :)

Que boca!

Foi só eu falar que o inverno estava demorando pra chegar que hoje baixa uma nevasca, os carros e as ruas ficam todos brancos, cobertos de neve... ok, mentira, mas que tá frio, tá. Reação número 1: sentir o nariz gelado. Reação número 2: gritar de felicidade!

Vou poder usar o casaco de lã que encomendei pra Maysa me trazer da Festimalha em Nova Petrópolis. Ela foi gravar o programa Rota 36 lá nesse fim de semana e eu fiz o seguinte pedido:

- Se tu encontrar um trenchcoat de lã preto, com os nós bem grandes, grosseiros, como se tivessem sido feitos com uma agulha enorme e que tenha a minha cara, compra e me traz. Sem medo.

Enfim, minha amiga - que me conhece bem - encontrou a peça e não hesitou: o casacão chegou hoje e estou louca pra usá-lo amanhã (foto-detalhe direto do meu celular).

Adoro trocar as roupas a cada estação. Infelizmente não posso comprar tudo o que vejo, mas se invisto preciso usar na hora. Vocês também não são assim?

Hair dressing?

Brasil. Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Latitude S 30º 01'59". Longitude W Greenwich 51º13'48". Domingo, 6 de maio de 2007. 16h12min. Tempo nublado, com alta possibilidade de chuva. 20°C. Umidade relativa do ar: 60%. Repito: 60%.

E eu pergunto: nós, as que eram para ser lisas, o que devemos fazer com nossos cabelos com esta umidade indecente? Enquanto os magos da cosmética NÃO pensam em uma solução - afinal, eles vivem em Paris, onde até a água da torneira faz bem para a pele -, nós aqui inventamos alguns disfarces.

O meu favorito é fazer a linha Gisele Bündchen. Encho a mão de mousse* e amasso os fios como se quisesse ondular. Na verdade, quero mesmo é esconder os rebeldes, saltitantes e espetados tocos de cabelos que insistem em se manifestar em dias úmidos. Pronto, se alguém perguntar digo que a moda é ondular, é o novo conceito em "hair dressing". Fica fino falar assim :)

*Produtos que recomendo: Bad Head Manipulator da Toni & Guy, Sheer Blonde da John Frieda e Bonacure Repair Spray da Schwarzkopf.

Like an onion

Como o frio não chega no sul do país, o jeito é reinventar o uso das roupas de verão. Eu sou fascinada por sobreposições, blusas e casaquetos acinturados. Então visto tudo junto no outono. A produção que eu chamo de "cebola" é fundamental pra dias assim, em que acordamos com 15°, almoçamos com 24°, lanchamos com 29° e jantamos com 17°.

A ordem é usar duas, três e até quatro peças juntas na parte de cima. Misturo uma regata básica com uma blusa mais solta e um casaco com manga 3/4. Levo uma manta, echarpe, faixa... qualquer coisa pra decorar o pescoço ou a cintura. E de acordo com as alterações na temperatura, vou me "descascando" por inteiro.

Para a parte de baixo, sugiro calça jeans, bermuda, saia (que eu amo) e sapatos semifechados - como peeptoe e mule -, escarpin ou tênis cano baixíssimo (tipo Converse All Star).

Nas fotos, as duas mulheres descobertas pela Vogue espanhola nas ruas de Biarritz, na França, traduzem perfeitamente o clima da estação.

A cor da honra

Passaram-se anos e anos de muitas regras no que diz respeito ao traje de uma madrinha de casamento. As proibições eram inúmeras: não pode usar branco (ou qualquer tipo de off white, o famoso "branco sujo"), roupa preta*, vestido chanel - e muito menos curto - e acessórios muito marcantes, como flores de tecido ou brilhos grandiosos. Dizia-se, por exemplo, que as aplicações florais poderiam ocultar a beleza do buquê da noiva no altar.

Se dependesse de estilistas mais clássicos como Armani e Valentino, as antigas restrições poderiam valer até hoje. Graças a Deus (ou a Vivienne Westwood, Vera Wang e Christian Dior? ;p), isso tudo mudou. Aliás, nem tudo: o branco total para uma madrinha ainda é visto como uma ofensa à noiva. Eu concordo.

Atualmente me vejo nesta prazerosa situação: escolher o vestido certo para ser madrinha do casamento de grandes e adoráveis amigos. Penso em verde, mas sempre sonhei em ter uma obra de alta costura lilás. A dúvida persiste, mas em alguns dias visitarei o atelier de um reconhecido estilista gaúcho para decidir junto à noiva Mariella qual será meu tom.

Quem recebe um convite assim deve se dar conta da maravilha que é ter a honra de estar entre as pessoas mais queridas pelos amigos que estão casando. Deve, sim, se encher de orgulho e tentar passar esse sentimento para a roupa. O vestido, na minha opinião, é um presente para os noivos. Algo como: "olha, me preparei para vocês, estou tentando produzir o melhor do meu visual para a festa que vocês estão promovendo". É um carinho, que no caso da madrinha deve ser dividido com a noiva. Ela é a grande estrela!

* Lembram o episódio do seriado Sex and the City em que a Charlotte é madrinha de um casamento e chega no salão arrasando? A escolha: um clássico vestido frente-única preto desenhado pelo australiano Richard Tyler.

Tem que ter neste inverno

O item indispensável para as mulheres neste inverno que está chegando não são as ankle boots (botas de cano curto) como muitos editoriais e críticos de moda apontam. Para as pessoas "normais" usarem nas ruas - e essa é a proposta número 1 deste blog -, o sapato que não pode faltar é o peeptoe.

O clássico romântico ganha ares mais modernos e até toques rock'n'roll, por isso não precisa ser usado apenas com saias plissadas, bordados e frufrus como antigamente. Os peeptoes ficam lindos com calça jeans básica, meia-calça escura (de preferência fio 80 e colorida) ou em uma produção mais chique com os dedinhos de fora.

Nada contra as ankle boots. O problema é que elas só ficam bem em todos os corpos se forem usadas com calças compridas, o que tira o principal atrativo - que é ser cortada no tornozelo. Esse tipo de bota só pode ser usado com saias, bermudas e outras peças curtas por quem tem pernas finíssimas e longilíneas.

Já os peeptoes podem ser usados por qualquer mulher charmosa! E viva a moda para todas as silhuetas!